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Aos 17 anos, aprovado em 1º lugar em medicina da USP não usou cadernos

por Lud Hayashi

Aos 17 anos, Gabriel Mattucci foi duplamente aprovado na Universidade de São Paulo (USP), no curso mais concorrido da instituição: o de medicina. Na semana passada, descobriu que havia passado na Fuvest para estudar no campus da capital paulista. Nesta segunda-feira (28), recebeu mais uma notícia positiva – é o 1º colocado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) da USP de Bauru, no interior do estado. Ele ainda não sabe qual das duas opções escolherá.

Gabriel conta que preferiu se dedicar aos estudos somente na escola e em casa, sem frequentar cursinhos pré-vestibular. A parede de seu quarto, em Sorocaba (SP), revela sua principal dica de preparo para as provas: dezenas de notas adesivas coloridas, coladas uma ao lado da outra.

Gabriel foi aprovado em medicina em 1º lugar na USP de Bauru. — Foto: Arquivo pessoalGabriel foi aprovado em medicina em 1º lugar na USP de Bauru. — Foto: Arquivo pessoal

Gabriel foi aprovado em medicina em 1º lugar na USP de Bauru. — Foto: Arquivo pessoal

Os professores estranhavam sua técnica de estudos. “Não usei caderno, porque sabia que não voltaria a ler aquelas anotações. Preferia resumir o que tinha de principal nesses papeizinhos. A cada bimestre, eu descolava da parede e colava outros”, conta. “O principal não era ficar escrevendo muito sobre a teoria, e sim fazer exercícios.”

Abaixo, Gabriel lista quais outros elementos podem ter contribuído para sua aprovação precoce em medicina:

Ter feito questões de vestibulares antigos

Seu ponto fraco sempre foi a disciplina de história. Por isso, dedicou-se a fazer todas as questões dessa área da Fuvest, desde 1977. “Preferi focar em uma prova só, para não correr o risco de ter um desempenho mediano em vários vestibulares e não ser aprovado em nenhum”, diz. “Minha sorte foi ter passado também no Enem. Não esperava, ainda mais em 1º lugar”, relata.

Ter diluído os estudos

Analisando seu percurso, Gabriel conta que, desde o 1º ano do ensino médio, já focava em se preparar para o vestibular. “Sempre foi meu foco. Isso acabou diluindo a matéria que eu tinha para estudar e me ajudou”, opina. “A maioria dos meus colegas só se dedicou no último ano – e aí mais conteúdos tinham se acumulado.”

Não ter abandonado a diversão

Gabriel assume que, quando estava na etapa final do ensino médio, diminuiu o número de vezes em que saía com os amigos e com a família. Mas, segundo ele, nunca deixou de dedicar um tempo para o lazer. “Não consegui ficar só estudando. Precisava de um pouco de relaxamento”, diz.

Ter recebido o apoio de professores

O jovem estudou em uma escola particular de Sorocaba. Ele conta que o fato de os professores conhecerem a fundo os principais vestibulares ajudou em seu preparo. Lembra-se especialmente da docente de redação, Mônica Martinez.

“Passei a gostar de escrever por causa dela. Ela me mostrou uma forma diferente de encarar a escrita, muito além de uma mera habilidade exigida no vestibular”, conta. “É uma forma de comunicação, de mostrar quem você é, de ter liberdade para mudar o mundo por meio de uma folha de papel.”

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